
No dia do meu aniversário tomei um tempo para pensar. Parar de vez em quando é necessário e faz bem ao espírito, à alma e ao corpo inteiro. O aniversário da gente acontece uma vez por ano e dificilmente celebra-se da mesma maneira e com as mesmas pessoas sempre, ao menos è assim no meu caso. Dessa vez eu estava no Brasil, mais precisamene em Niterói-Canoas, na casa de uma das muitas(4) irmãs que moram nesta cidade. O dia do aniversário não chegou de surpresa, celebrou-se antes, durante e após. A torta estava gostosa e de tamanho familia, feita por uma das manas que disso entende muito. Não houve churrasco para celebrá-lo, foi a decisão de todos jantar numa pizzaria próxima da casa de minha irmã maior em anos, chamada “a Cabana”. O churrasco Postergou-se para o dia 26, sábado, data da minha partida para Itália. Nesse dia também estiveram presente alguns dos parentes que vivem no campo, a 100 km de Porto Alegre. No almoço éramos muitos, mais de 20, uma “tropa”, como diria brincando, um sobrinho meu. Tudo estava perfeito, muitos abraços e bejos foram trocados e não faltaram algumas lágrimas emotivas, pela alegria do encontro e às já contadas horas que restavam para a minha despedida. O ambiente pouco a pouco foi ficando triste, cada giro a mais do ponteiro do relógio menos era o tempo que eu ficaria em sua companhia. Às 13:30 horas estava no carro com minhas irmãs que me acompanharam ao aeroporto. Todos podiam ir ao aeroporto, mas a causa do medo e da timidez só elas se dobraram ao meu desejo, os outros prefiram não ver o avião despegar … Não vi lágrimas na hora do adeus, pode que elas ficaram guardadas na garganta para derramarem-se mais tarde nalgum ângulo da casa, ou quando a noite chegasse, então no silêncio profundo a voz da noite fosse perguntar, onde estará ele agora?… Alguns foram com outro meio até o aeroporto, chegaram quando havia iniciado dar o abraço de adeus aos presentes antes de colocar-me na fila do chek-in. Não os vi de rosto triste, sabem bem quanto gosto do lugar e do que faço na “missão” . São conscientes que este adeus não seria um nunca mais ver-nos, mas apenas um espaço de tempo sem ver-nos. Eram às 14:30 horas quando fechei o livro da vida para pronunciar com a voz apagada, nos veremos e fiquem com Deus. Entrei sem olhar para trás, fiz silêncio interior e pude escutar no meu intimo… Sergio … não fique triste, não estás sozinho, estas nos meus braços agora. Ouvi no alto falante … senhores passageiros do voo JJ 3160 , destino a São Paulo, este é nosso último aviso para o embarque … e lá fui eu. -Seja bem vindo. Passaporte. –Ok… Entrei.
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