
Motivações [1]
A todos ele devia muito respeito, principalmente aos seus pais e sua família. Todos pareciam orgulhosos do caminho que havia decidido seguir.
Sua preocupação de não defraudar a famíla davam sentido erroneamente às suas motivações e mesmo sem entusiamo seguia em frente.
Muitas vezes em suas dificuldades, suas incoerências ou dissabores da vida; terminava colocando as culpas sobre os outros.
Em seu mundo interior, cheio de medos, fazia hipóteses sobre aquilo que os outros diriam, como o veriam e como seria julgado la fora. Dentro da Instituição, parecia ser o único lugar onde sentia-se protegido, seguro e mesmo se quisesse sair não conseguia dar o paço final. Seguia andando com um pé dentro outro fora e na mente muita confusão.
Mesmo con inseguranças e muitos medos assumia importantes compromissos, era ativo nas suas atividades, estudo, porém nada o satisfazia e asssim seguia buscando pretextos para interromper os compromissos assumidos, procurando razões que justificassem suas decisões, sem escutar os conselhos de quem quisesse ajudá-lo.
Os resultados apresentavam altos e baixos. Obtinha bons resultados em todos os programas de seu interesse, era hábil, entusiasta no que selecionava fazer e poco se importava com aquilo que não era de seu prazer, podia até aparentar interesse, porém não era sincero o seu proceder. A máscara que sabia estar usando se fazia sempre mais difícil carregá-la.
Seguia adiante com a idéia de que algum dia aquilo que tantas instabilidades e inconsistências lhe provocavam viessem a desaparecer por completo, mas isso não acontecia e por isso a crise fazia-se sempre mais insuportável. Vivia em contínuas crises existencias.
Com quem mais dialogava ( seu diretor espiritual) só lhe contava algumas coisas, nunca conseguia contar-lhe seus maiores problemas. Sua falta de capacidade para confiar suas dificuldades o faziam sofrer. As mesmas crises o ajudavam a seguir avançando...!
Os conselhos de quem o escutava eram um aliciente para seguir adiante, para olhar o mundo com maior sentido, com confiança no Deus e que tudo melhoraria. Deus passava a ser uma medicina de desesperação. Na realidade, tudo não passava de uma espécie de alívio, entusiasmo momentâneo, desabafos necessários mas tudo muito passageiro, porque a falta de consistência era muito maior que sua confiança em Deus. O Deus era um ser desconhecido. A relação com Deus não era autêntica, não era profunda. Seguia seu caminho com marcada ambigüidade, nem quente nem frio, um pé dentro e outro fora. Um andar frouxo que dia a dia mais o despersonalizava, era um viver sem graça. A inocência e a pureza da vida não estavam nele. O sorriso havia desaparecido. A vida tinha perdido a graça de ser. Nada o podia satisfazer. Pensava com muita saudades dos apegos deixados para trás nas diferentes etapas da sua vida e muito o faziam sofrer ao recordar sua infância, sua família, seus amigos.
Continua
[1] Ditado por AIRON
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