A minha Congregação é uma grande família. Hoje quero transcrever algumas coisas dessa minha família, que anos atrás me interrogavam e nesse tempo, me consolava escrevendo em forma de desabafo em meu “livro-diário”.
Escrevia então: como gostaria que em minha família religiosa naõ existissem tantas diferenças entre nós e que nossa amizade fosse sincera e profunda. Como gostaria que todos fossemos importantes, que existisse maior igualdade e que ninguém gozasse de privilégios especiais. Como gostaria encontrar menos resistências, menos barreiras e maior liberdade nas relações interpessoais.
Os pobres, Don Calabria diz que são as nossas pérolas preciosas e que valem milhões. Desde meu lugar procuro ver quem são para mim “as pérolas preciosas” e de verdade sinto escalofrios, não consigo nem dormir direito e quero pensar que algo há mudado, talvez eu esteja vendo mais os milhões e menos as pérolas, ou será que sou eu quem não consegue mais ver o lado lindo do mundo dos pobres que um dia abracei?
Leio a Palavra de Deus, mas não consigo praticá-la. Quero falar com alguém das minhas coisas mais profundas e não sei como fazê-lo. Vou procurando alguém sábio com quem falar e não encontro ninguém. Então me pergunto, aonde é que estão os verdadeiros sábios? Eu mesmo respondo fazendo outra pergunta, não estarão ocupados demais em suas coisas pessoais e ninguém mais aceita ser sábio? Tenho a impressão de encontrar pessoas muto ocupadas, correndo demais detrás de ocupações, seus afazeres e pouco sensíveis aos problemas alheios. Como gostaria também que as comunidades fossem mais fraternas, compartilhassem mais o pão espiritual e a comunhão apostólica.
Como gostaria que se fizessem menos discursos ou teorias sobre a fraternidade e se fabricassem maiores espaços para o diálogo e a confraternização. Como gostaria que o sistema deixasse de fabricar pessoas sérias demais, mas que enchesse todas as praças do mundo, de pessoas cheias de entusiasmo, alegres, livres, capazes de encantar outra vez como fez Jesus Cristo um dia. Gostaria mesmo que o sistema criasse pessoas mais afetuosas e menos necessitadas de afeto, tristes e solitárias.
Não será que em tudo isto sobram discursos e faltan momentos de serenos diálogos?
Não estarão faltando iniciatiavas que favoreçam o derrumbe das armadas barreiras, fabricadas encima dos mecanismos de defesa e dos desaforrados preconceitos, aplicados aos outros em defesa pessoal?
Hoje eu estou aqui e estou só! Meu computador transformou-se numa boa companhia, quade uma dependência tecnológica e assim as relações ficaramm marcadas pela frieza e incompreensões. Eu sinto em minha carne, como o sistema criou-me dúvidas profundas naquilo que acredito (confiança), e da importância da oração (esperança), e assim, desconfio da sua força e do seu poder para a minha vida.
O “ Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus…” virou uma espécie de utopia e o Carisma está ficando aguado demais. Não consigo me interrogar, tenho medo do silêncio interior, fujo ao exame profundo e nem me pergunto mais sobre que lugar está ocupando o “verdadeiro Deus” em mim?
Sobre minha vocação pergunto-me se ela ainda diz alguma coisa para os outros?
E também se ela consegue ainda ser motivo de entusiasmo para outros?
O cambio de vida começa dentro de mim. Eu preciso mudar é hora de dar o primeiro passo. Don Calabria diria hoje vou começar tudo outra vez. Deus sabe esperar, mas depois pede uma resposta generosa, diferente ao do mundo lá fora, ou seja, diferente daqueles que abraçam o trono e o ribombar dos aplausos, do acomodo, da vida fácil e sem compromissos duradouros.
Seria outra coisa se todos aprendêssemos a viver um pouco melhor o mandamento “Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo”.
No evangelho de Mateus 5, encontramos outro pedido muito forte de se viver “Sede todos, perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt.5,43ss.)
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Escrevia então: como gostaria que em minha família religiosa naõ existissem tantas diferenças entre nós e que nossa amizade fosse sincera e profunda. Como gostaria que todos fossemos importantes, que existisse maior igualdade e que ninguém gozasse de privilégios especiais. Como gostaria encontrar menos resistências, menos barreiras e maior liberdade nas relações interpessoais.
Os pobres, Don Calabria diz que são as nossas pérolas preciosas e que valem milhões. Desde meu lugar procuro ver quem são para mim “as pérolas preciosas” e de verdade sinto escalofrios, não consigo nem dormir direito e quero pensar que algo há mudado, talvez eu esteja vendo mais os milhões e menos as pérolas, ou será que sou eu quem não consegue mais ver o lado lindo do mundo dos pobres que um dia abracei?
Leio a Palavra de Deus, mas não consigo praticá-la. Quero falar com alguém das minhas coisas mais profundas e não sei como fazê-lo. Vou procurando alguém sábio com quem falar e não encontro ninguém. Então me pergunto, aonde é que estão os verdadeiros sábios? Eu mesmo respondo fazendo outra pergunta, não estarão ocupados demais em suas coisas pessoais e ninguém mais aceita ser sábio? Tenho a impressão de encontrar pessoas muto ocupadas, correndo demais detrás de ocupações, seus afazeres e pouco sensíveis aos problemas alheios. Como gostaria também que as comunidades fossem mais fraternas, compartilhassem mais o pão espiritual e a comunhão apostólica.
Como gostaria que se fizessem menos discursos ou teorias sobre a fraternidade e se fabricassem maiores espaços para o diálogo e a confraternização. Como gostaria que o sistema deixasse de fabricar pessoas sérias demais, mas que enchesse todas as praças do mundo, de pessoas cheias de entusiasmo, alegres, livres, capazes de encantar outra vez como fez Jesus Cristo um dia. Gostaria mesmo que o sistema criasse pessoas mais afetuosas e menos necessitadas de afeto, tristes e solitárias.
Não será que em tudo isto sobram discursos e faltan momentos de serenos diálogos?
Não estarão faltando iniciatiavas que favoreçam o derrumbe das armadas barreiras, fabricadas encima dos mecanismos de defesa e dos desaforrados preconceitos, aplicados aos outros em defesa pessoal?
Hoje eu estou aqui e estou só! Meu computador transformou-se numa boa companhia, quade uma dependência tecnológica e assim as relações ficaramm marcadas pela frieza e incompreensões. Eu sinto em minha carne, como o sistema criou-me dúvidas profundas naquilo que acredito (confiança), e da importância da oração (esperança), e assim, desconfio da sua força e do seu poder para a minha vida.
O “ Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus…” virou uma espécie de utopia e o Carisma está ficando aguado demais. Não consigo me interrogar, tenho medo do silêncio interior, fujo ao exame profundo e nem me pergunto mais sobre que lugar está ocupando o “verdadeiro Deus” em mim?
Sobre minha vocação pergunto-me se ela ainda diz alguma coisa para os outros?
E também se ela consegue ainda ser motivo de entusiasmo para outros?
O cambio de vida começa dentro de mim. Eu preciso mudar é hora de dar o primeiro passo. Don Calabria diria hoje vou começar tudo outra vez. Deus sabe esperar, mas depois pede uma resposta generosa, diferente ao do mundo lá fora, ou seja, diferente daqueles que abraçam o trono e o ribombar dos aplausos, do acomodo, da vida fácil e sem compromissos duradouros.
Seria outra coisa se todos aprendêssemos a viver um pouco melhor o mandamento “Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo”.
No evangelho de Mateus 5, encontramos outro pedido muito forte de se viver “Sede todos, perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt.5,43ss.)
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Alguns anos mais tarde, (= hoje) ... Agradeço a Deus que me ajudou a olhar o mundo de outra maneira, ajudou-me olhar o mundo com os olhos da luz. Hoje não faltam as dificuldades, não faltam as provas, o mundão é ainda o mesmo, talvez tenha piorado, mas mudando meu modo de olhar, tudo têm cobrado novo valor...nova vida. Por isso tudo eu lhe devo minha nova vida a Deus... obrigado!
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